sábado, 17 de outubro de 2015

Na Vitrola: Iron Maiden - Piece of Mind (1983)



Em 1982, o Iron Maiden começa uma nova de sua ascendente carreira, pois o passado recente com os álbuns Iron Maiden (1980) e Killers (1981) seria suplantado com The Numbers of the Beast, que marca a entrada de Bruce Dickinson. A estreia foi bem sucedida com um lançamento clássico, histórico cujas oito faixas são hits. Porém, o ano posterior, 1983, seria também produtivo e ajudaria a consolidar de uma vez por todas a presença de Bruce, em definitivo no posto que antes era ocupado por outro mestre, Paul D’ianno.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Picaretagens no Rock: O dia em que o Deep Purple virou o "New" Deep Purple.


Falcatruas existem em vários lugares e nem o rock escapou delas, mas elas não se restringem a discos ruins, mudanças de formação, ou seja, elas são um detalhe em comparação ao aconteceu com o Deep Purple, em 1980. Perto daquela picaretagem discos ruins ou mudanças de formação ou mesmo a orientação musical do grupo podem ser consideradas uma brincadeira ingênua. São poucos os fãs que sabem dessa história que fez os integrantes do Deep Purple saírem de suas casas e trabalhos, não para retornar a ativa, mas sim para deter esta falcatrua que seria muito prejudicial a uma entidade do rock, que sempre primou pela honestidade junto a seus fãs.

Na Vitrola: The Velvet Underground - White Light/White Heat (1968)


O primeiro álbum do Velvet Underground é de fato um ótimo álbum, ou melhor, um clássico. Só que comercialmente falando as coisas não foram bem para o grupo, que naquela época concorria com vários nomes que vinham no caminho oposto ao deles. Os temas abordados estavam navegando em outras praias, as experiências eram outras, portanto, refletia na música e causava espanto num público desavisado que ainda estava mergulhado no falacioso sonho hippie.

Na Vitrola: Eric Clapton - Eric Clapton (1970)


Após uma brilhante passagem pelo The Yardbyrds, o guitarrista Eric Clapton mergulha de cabeça no blues e vai tocar na banda de John Mayall onde deixa registrado o álbum Blues Breakers John Mayall with Eric Clapton (1966), que faz justiça a sua fama e ao apelido "Deus" e dessa maneira estabelecera-se como um músico de blues e sua passagem pela banda de John Mayall foi curta, pois o guitar-hero abandonou-a pouco tempo depois do lançamento do álbum, e foi formar um dos maiores e mais influentes power trios da história do rock, onde a sua fama e prestígio subiriam a níveis inimagináveis de adoração e devoção por parte dos seus adeptos.

Na Vitrola: Judas Priest - Point of Entry (1981)


Em 1980, o Judas Priest estourou, arrebentou e derrubou barreiras com British Steel e através dele mostrava a força do heavy metal britânico para o mundo, o som estava mais manso em relação à década anterior cujos álbuns Sad Wings of Destiny (1976), Sin After Sin (1977), Stained Class (1978), Hell Bent For Leather (1978) transbordavam velocidade, agressividade, peso e melodias que viraram de ponta cabeça a rapaziada. Os legítimos herdeiros do Black Sabbath. Os caras pegaram o gênero criado por seus conterrâneos e o levaram para outro nível e a partir dali criaram as bases para tudo o que se viu e ouviu nos anos de 1980.

Na Vitrola: King Crimson - In The Court Of The King Crimson (1969)


Em 1969 começava o fim de uma era e começa-se o preparo de outra tão brilhante quanto essa. Os heróis começavam a morrer, primeiro Brian Jones no ano seguinte a perda seria esmagadora, Janis Joplin e Hendrix empacotaram e a seguir eles foi Morrison, que morreu em sua banheira, em Paris. Outros começariam a surgir antes dos anos de 1960 cerrarem suas cortinas, o rock progressivo estava em processo de formação, o gênero se caracteriza por ter faixas longas, mas mais do que isso as influências vinham da música clássica, do jazz e outros gêneros de vanguarda. Mais uma vez a Inglaterra, a Meca do rock, iria capitanear essa invasão mundial em curso.

Na Vitrola: Rainbow - Rising (1976)


Em 1975, Ritchie Blackmore já tinha na bagagem junto com David Coverdale e  Glenn Hughes, os novos integrantes que deram vida a terceira encarnação do Deep Purple conhecida como MKIII, a segunda mais importante por ter registrado até ali álbuns como: Burn (1974) responsável pelo renascimento do grupo após a debandada de Ian Gillan e Roger Glover, pois haviam muitas especulações, dúvidas se haveria sobrevida por causa das ausências do baixista e principamente do vocalista (não sendo a toa apelidado de Silver Voice), e Stormbringer (1974) um álbum mal compreendido, pois os novos integrantes radicalizaram as suas influências soul/funk (deixando para de lado o passado recente de grande álbuns de hard rock) e através dele delinearam os novos rumos do grupo e de suas carreiras solo, no futuro. O guitarrista vendo os novos rumos que o grupo tomava não os achou nada legal e, portanto, a insatisfação o fez botar a sua guitarra na sacola e ir viajar, ou seja, na verdade ele foi formar uma das maiores encarnações já vistas  e ouvidas na história do rock, o Rainbow.

Na Vitrola - Meat Loaf - Bat Out of Hell (1977)


Esse é daqueles álbuns históricos, é um começo bombástico e pode tranquilamente estar em qualquer lista dos melhores do gênero. Na década de 1970, o rock fez de tudo e andou por lugares inimagináveis, ou seja, o gênero foi além da imaginação e Bat Out of Hell é um desses frutos cuja degustação não era pecado e muito menos foi salvo conduto para expulsar seus criadores do paraíso muito pelo contrário, pois o rock na sua essência é singular por perturbar, transgredir qualquer barreira que o senso comum tente impor e por isso acaba chocando por ser tão contestador em todas as instâncias da vida em sociedade. 

Na Vitrola: Opeth - Pale Communion (2014)


O Opeth começou fazendo uma combinação incomum, ou seja, death metal e progressivo misturados sem constrangimento nenhum e a fórmula deu certo, pois os fãs foram surgindo lançamento após lançamento, mas com o tempo o lado extremo foi ficando no passado e o rock progressivo foi se sobre saindo, o ápice foi em 2010, com Heritage, um álbum ótimo que mostrava uma banda não acomodada e sempre disposta a se reinventar sem medo da opinião alheia.

Rolando na Vitrola: Erasmo Carlos - Carlos, Erasmo... (1971)


Começava a década de 1970, a Jovem Guarda já era coisa do passado e, portanto era necessário seguir em frente e esse passo em frente obrigava a mudar, ou seja, era necessário “recomeçar”, reinventar-se visando deixar o passado para trás. Erasmo Carlos entra no ano de 1971 com um álbum, o sétimo de sua carreira,  um dos mais importantes dela. Os temas adolescentes ficaram para trás lá no álbum de lembranças, pois agora o lance era mais sofisticado e eclético também, pois o figura fez algo inédito. Gravou uma verdadeira obra prima da música popular brasileira misturando rock, MPB e o soul, cujos dois últimos foram a mola propulsora da bolacha.

Na Vitrola: Riot - Narita (1979)


O Riot foi formado em 1975, pelo guitarrista Mar Reale e pelo baterista Peter Bitelli e para completar a banda convidaram Phil Feit para tocar o baixo, para cantar Guy Speranza. O primeiro trabalho de estúdio do quarteto foi uma fita demo de quatro faixas cuja ideia era coloca-las em uma coletânea com outras bandas desconhecidas, mas como o projeto não decolou, eles adicionaram Steve Costelo nos teclados. 

Na Vitrola: Al Green - Greatest Hits (1975)


Eu nunca fui muito fã de comprar coletâneas, só para ter todos os discos dos meus artistas preferidos ou para conhecer outros desconhecidos. Sempre achei esse tipo de álbum um verdadeiro embuste porque geralmente trás os "hits" e o resto são canções apenas para justificar a existência desses caça níqueis, um horror por isso sempre levam sempre notas baixas dos críticos. Só que às vezes alguma ou outra se sobressai trazendo o melhor do artista, ou seja, formam aquele resumo perfeito daquele momento clássico em que o artista se encontra.

Na Vitrola: Picture - Diamond Dreamer/Picture I & Eternal Dark/ Heavy Metal Ears


Nos anos de 1980, a Inglaterra, ainda estava comandando o rock, pois o que de melhor surgiu na década anterior surgiu por lá, porém outro movimento surgia por lá, ou seja, era a revitalização do heavy metal que ficou conhecido por NWOBHM. Esse movimento foi um dos períodos mais marcantes da música cuja explosão foi ouvida além das terras britânicas, ou seja, outros países também foram influenciados e também revelaram suas bandas. Além do que se conhece, o tradicional, países como a Alemanha, Bélgica, Espanha e a Holanda também tiveram seus grandes nomes que marcaram território além de suas pátrias.

Na Vitrola: Os Mutantes - Boxset (2014)



Quando anunciaram na imprensa “especializada” que seria lançado um box dos Mutantes com todos os álbuns clássicos e mais um outro só de “raridades”, eu fiquei ouriçado e queria ter esse material de qualquer jeito já que  em 1992, fiquei praticamente de fora dos relançamentos só com o primeiro disco e em 2006, o prêmio de consolação foi o Foi Tudo Feito Pelo Sol (1974). Só que quando vi o preço desse relançamento pensei: “vou outra ficar de fora, mas dessa nem prêmio de consolação terei”. Só que como sou frequentador assíduo da Livraria Saraiva, compro muitos livros tanto para estudar como para lazer, me esqueci do cartão deles onde é possível acumular pontos e ter descontos em qualquer seção e quando solicitei a um atendente para conferir os pontos quase cai para trás, pois foi possível fazer aquisição, mas pagando uma diferença muito pequena.