A discussão em torno da liberação da maconha
gera forte polêmica e divide a sociedade brasileira. Esse é um tema que tem que
ser debatido amplamente, mas para gerar informações seguras e precisas acerca
da erva. Já faz mais de uma semana que o STF começou a discussão e o Ministro
Barroso já se mostrou favorável à descriminalização cujo parecer pode ser
encontrado na rede e apesar de ter sido adiada a continuação da discussão tudo
indica que há fortes chances de retirarem os grilhões de cima do usuário que passaria
a não responder criminalmente pelo porte e uso do entorpecente.
quarta-feira, 16 de setembro de 2015
Livros: 1001 Discos Para Ouvir Antes de Morrer
Poderia ser a música uma ciência, uma arte de
curar e até mesmo de terapia para a alma? Eu não sei, mas entendo que a música
nas mais variadas formas é uma expressão dos sentimentos, da vida e dos tormentos
que vivemos que na vida moderna que não para de nos testar, e a qualquer
momento sempre aparece lá no horizonte um novo desafio. Por falar em desafio
também temos aqui uma atividade cerebral ao ouvir música e juntando os dois
pensamos, refletimos sobre "1001 discos para ouvir antes de morrer"
podemos entender a música como a quebra das regras de conduta, o salvo conduto
para experimentações diversas, ilimitadas neste campo. Que tal experimenta-las
extrapolando todos os limites sem freios, culpas e autoflagelos porque fugiu
dos seus padrões? Então, e ai vamos transgredir as regras?
Na Vitrola: Dust - Hard Attack (1972)
Quando se fala no rock setentista é quase
consenso geral a trindade composta por Black Sabbath, Led Zeppelin e Deep
Purple são os melhores entre outros, mas pode até ser verdade esse fato. Só que
os anos de 1970 não ficaram adstritos à apenas essas bandas existiram várias
outras de nível compatível. Nos EUA, apesar da invasão britânica, havia um
celeiro forte e promissor de outro sem número de bandas com qualidade de som
para estar no topo. Só muitas dessas bandas não em alguns casos não passaram do
primeiro ou do segundo álbum ou raramente ultrapassavam essa marca e acabaram
esquecidas e só foram redescobertas recentemente, ou seja, depois de quarenta
anos.
Na Vitrola: Television - Marquee Moon (1977)
Quem pensa punk nasceu na Inglaterra está
redondamente enganado, pois o pai dele conhecido como Malcom McLaren fez curso
e estágio antes no EUA, e durante a sua estada na terra do tio Sam fez barulho
não apenas vendendo as suas extravagantes roupas, mas ao empresariar uma banda
de caras que se vestiam e pintavam-se como mulher, ou seja, o New York Dolls,
mas antes desses caras ainda temos que falar do ponta pé dado lá atrás com o
The Stooges e com o MC5, pois daí para adiante as coisas se desenrolaram
incrivelmente bem, pois até uma poetiza o gênero tinha, a Patty Smith, os
Ramones é quem deram o ponta pé na coisa e fizeram o negócio pegar fogo com o
debut incendiário.
Na Vitrola: Willie Dixon - I Am The Blues (1970)
I Am The Blues é um título pretencioso para
um disco, pelo menos a primeira vista, mas depois quando você ouve o disco
entende porque Willie Dixon diz que ele é blues. O gênero tem outros tantos
bluesman e caras como Muddy Waters (com quem trabalhou), Albert King e o Robert
Johnson são as referências do gênero, porém apesar de todos eles serem gênios e
possuírem álbuns clássicos nenhum deles atinge o mesmo nível de percepção da
coisa como Dixon.
terça-feira, 15 de setembro de 2015
Na Vitrola: Mutantes - Os Mutantes (1968)
O Brasil sempre teve uma música de primeira
linha, primeiramente com a bossa nova que arrepiou corações desde seu
surgimento nos momentos finais da década de 1950 e depois a com a tropicália na
década seguinte e posterior, mas o que sempre matou foi à disposição do
brasileiro a ir buscar lá fora as suas referências musicais, mas a culpa também
tem outras fontes e por isso muita gente boa ficou mofando no esquecimento até
ser descoberto e os que ainda estão por ser descobertos ficam lá na caverna
respirando o cheiro do mofo cobertos patina, eu não estou falando Cartola.
Na Vitrola: Josefus - Dead Man (1970)
Os EUA também tinha as suas bandas de rock
pesado, a primeira a fazer um som realmente pesado, agressivo, distorcido e
psicodélico foi o Blue Cheer, mas isso não impediu o surgimento de outras
bandas que seguissem a mesma linha. O Josefus surgiu em Houston, no Texas e em
1969 lançaram o primeiro álbum Get Off My Case. O som é aquele característico
blues rock pesado no talo e tocado no último volume, pois era assim que era
para ser escutado.
Na Vitrola: Black Sabbath - Sabotage (1975)
O Black Sabbath começou a sua carreira
virando o mundo da música de cabeça para baixo, ou seja, aquela música pesada,
um blues de guitarras distorcidas cheios de riffs e solos trovejantes
acompanhados de uma instrumental que sustentava aquela anarquia sonora que se
locupletava com letras sombrias de deixar qualquer pessoa de cabelos em pé, foi
assim que aconteceu na sexta feira 13 de fevereiro, em 1970, o heavy metal
surgia para atormentar as famílias que estavam ainda acostumando-se a ver seus
filhos e filhas encantados com a sonoridade da década anterior.
A tragédia do mundo ocidental
A imagem do menino sírio que morreu afogado cujo corpo apareceu em uma praia grega nos impõe uma reflexão, mas não é uma reflexão qualquer e muito menos acerca de quem é o responsável sobre essa tragédia humana, mas sim sobre nós, ou seja, sobre a maneira como nos portamos no mundo, nas nossas relações interpessoais e especialmente sobre a nossa visão de mundo enquanto cidadãos do mundo.
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