sábado, 26 de dezembro de 2015

Os 25 melhores discos de 2015.


Agora é hora de postar os melhores do ano em minha opinião, na música é fácil falar, mas é difícil escolher pelo menos 25 discos. Este ano as coisas foram boas, ou seja, novas bandas chegaram com força total, as veteranas continuaram mantendo o bom nível de seus álbuns e por aí vai. O mais legal é que cada vez mais as novas bandas vão mostrando que o rock ainda está vivo e vai muito bem obrigado. É com essa mesma qualidade e disposição que esperamos por 2016.  

domingo, 22 de novembro de 2015

Livro: Formação do Brasil Contemporâneo, de Caio Prado Jr.


O livro Formação do Brasil Contemporâneo foi publicado pela primeira vez em 1942, a obra de Caio Prado Júnior completa uma trinca com os seus antecessores Raízes do Brasil (1932), de Sérgio Buarque de Holanda, e Casa Grande & Senzala (1936) de Gilberto Freyre que se dedicam a buscar uma explicação, interpretação para o Brasil daqueles dias. Com Raízes do Brasil, Sérgio Buarque de Holanda ao lado de Gilberto Freyre com Casa Grande & Senzala, mas o segundo além de oferecer uma explicação cultural ofereceu as bases para a sociologia brasileira. A diferença de Caio Prado Júnior é que ele se escora no marxismo, ou seja, no materialismo histórico de Marx, ou seja, é a primeira, é a que abre o caminho do materialismo como fonte para explicação, interpretação da história brasileira fato que representa uma grande mudança.

domingo, 18 de outubro de 2015

Na Vitrola: Destruction - Infernal Overkill (1985)


Ao contrario do que se pensa a Alemanha não é somente a terra do Scorpions e do Accept, o país dos germânicos sempre foi um celeiro de bandas. Nos anos de 1970, outras bandas como Eloy, o Lucifer’s Friend entre várias outras faziam um som mais do que atraente, pesado como mandava o figurino. Nos anos de 1980, a coisa explodiu por lá e tantas outras bandas com personalidade própria surgiram como o Cutty Sark, Killing Death, Running Wild e muitas outras que faziam frente aos medalhões de lá.

sábado, 17 de outubro de 2015

Na Vitrola: Iron Maiden - Piece of Mind (1983)



Em 1982, o Iron Maiden começa uma nova de sua ascendente carreira, pois o passado recente com os álbuns Iron Maiden (1980) e Killers (1981) seria suplantado com The Numbers of the Beast, que marca a entrada de Bruce Dickinson. A estreia foi bem sucedida com um lançamento clássico, histórico cujas oito faixas são hits. Porém, o ano posterior, 1983, seria também produtivo e ajudaria a consolidar de uma vez por todas a presença de Bruce, em definitivo no posto que antes era ocupado por outro mestre, Paul D’ianno.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Picaretagens no Rock: O dia em que o Deep Purple virou o "New" Deep Purple.


Falcatruas existem em vários lugares e nem o rock escapou delas, mas elas não se restringem a discos ruins, mudanças de formação, ou seja, elas são um detalhe em comparação ao aconteceu com o Deep Purple, em 1980. Perto daquela picaretagem discos ruins ou mudanças de formação ou mesmo a orientação musical do grupo podem ser consideradas uma brincadeira ingênua. São poucos os fãs que sabem dessa história que fez os integrantes do Deep Purple saírem de suas casas e trabalhos, não para retornar a ativa, mas sim para deter esta falcatrua que seria muito prejudicial a uma entidade do rock, que sempre primou pela honestidade junto a seus fãs.

Na Vitrola: The Velvet Underground - White Light/White Heat (1968)


O primeiro álbum do Velvet Underground é de fato um ótimo álbum, ou melhor, um clássico. Só que comercialmente falando as coisas não foram bem para o grupo, que naquela época concorria com vários nomes que vinham no caminho oposto ao deles. Os temas abordados estavam navegando em outras praias, as experiências eram outras, portanto, refletia na música e causava espanto num público desavisado que ainda estava mergulhado no falacioso sonho hippie.

Na Vitrola: Eric Clapton - Eric Clapton (1970)


Após uma brilhante passagem pelo The Yardbyrds, o guitarrista Eric Clapton mergulha de cabeça no blues e vai tocar na banda de John Mayall onde deixa registrado o álbum Blues Breakers John Mayall with Eric Clapton (1966), que faz justiça a sua fama e ao apelido "Deus" e dessa maneira estabelecera-se como um músico de blues e sua passagem pela banda de John Mayall foi curta, pois o guitar-hero abandonou-a pouco tempo depois do lançamento do álbum, e foi formar um dos maiores e mais influentes power trios da história do rock, onde a sua fama e prestígio subiriam a níveis inimagináveis de adoração e devoção por parte dos seus adeptos.

Na Vitrola: Judas Priest - Point of Entry (1981)


Em 1980, o Judas Priest estourou, arrebentou e derrubou barreiras com British Steel e através dele mostrava a força do heavy metal britânico para o mundo, o som estava mais manso em relação à década anterior cujos álbuns Sad Wings of Destiny (1976), Sin After Sin (1977), Stained Class (1978), Hell Bent For Leather (1978) transbordavam velocidade, agressividade, peso e melodias que viraram de ponta cabeça a rapaziada. Os legítimos herdeiros do Black Sabbath. Os caras pegaram o gênero criado por seus conterrâneos e o levaram para outro nível e a partir dali criaram as bases para tudo o que se viu e ouviu nos anos de 1980.

Na Vitrola: King Crimson - In The Court Of The King Crimson (1969)


Em 1969 começava o fim de uma era e começa-se o preparo de outra tão brilhante quanto essa. Os heróis começavam a morrer, primeiro Brian Jones no ano seguinte a perda seria esmagadora, Janis Joplin e Hendrix empacotaram e a seguir eles foi Morrison, que morreu em sua banheira, em Paris. Outros começariam a surgir antes dos anos de 1960 cerrarem suas cortinas, o rock progressivo estava em processo de formação, o gênero se caracteriza por ter faixas longas, mas mais do que isso as influências vinham da música clássica, do jazz e outros gêneros de vanguarda. Mais uma vez a Inglaterra, a Meca do rock, iria capitanear essa invasão mundial em curso.

Na Vitrola: Rainbow - Rising (1976)


Em 1975, Ritchie Blackmore já tinha na bagagem junto com David Coverdale e  Glenn Hughes, os novos integrantes que deram vida a terceira encarnação do Deep Purple conhecida como MKIII, a segunda mais importante por ter registrado até ali álbuns como: Burn (1974) responsável pelo renascimento do grupo após a debandada de Ian Gillan e Roger Glover, pois haviam muitas especulações, dúvidas se haveria sobrevida por causa das ausências do baixista e principamente do vocalista (não sendo a toa apelidado de Silver Voice), e Stormbringer (1974) um álbum mal compreendido, pois os novos integrantes radicalizaram as suas influências soul/funk (deixando para de lado o passado recente de grande álbuns de hard rock) e através dele delinearam os novos rumos do grupo e de suas carreiras solo, no futuro. O guitarrista vendo os novos rumos que o grupo tomava não os achou nada legal e, portanto, a insatisfação o fez botar a sua guitarra na sacola e ir viajar, ou seja, na verdade ele foi formar uma das maiores encarnações já vistas  e ouvidas na história do rock, o Rainbow.

Na Vitrola - Meat Loaf - Bat Out of Hell (1977)


Esse é daqueles álbuns históricos, é um começo bombástico e pode tranquilamente estar em qualquer lista dos melhores do gênero. Na década de 1970, o rock fez de tudo e andou por lugares inimagináveis, ou seja, o gênero foi além da imaginação e Bat Out of Hell é um desses frutos cuja degustação não era pecado e muito menos foi salvo conduto para expulsar seus criadores do paraíso muito pelo contrário, pois o rock na sua essência é singular por perturbar, transgredir qualquer barreira que o senso comum tente impor e por isso acaba chocando por ser tão contestador em todas as instâncias da vida em sociedade. 

Na Vitrola: Opeth - Pale Communion (2014)


O Opeth começou fazendo uma combinação incomum, ou seja, death metal e progressivo misturados sem constrangimento nenhum e a fórmula deu certo, pois os fãs foram surgindo lançamento após lançamento, mas com o tempo o lado extremo foi ficando no passado e o rock progressivo foi se sobre saindo, o ápice foi em 2010, com Heritage, um álbum ótimo que mostrava uma banda não acomodada e sempre disposta a se reinventar sem medo da opinião alheia.

Rolando na Vitrola: Erasmo Carlos - Carlos, Erasmo... (1971)


Começava a década de 1970, a Jovem Guarda já era coisa do passado e, portanto era necessário seguir em frente e esse passo em frente obrigava a mudar, ou seja, era necessário “recomeçar”, reinventar-se visando deixar o passado para trás. Erasmo Carlos entra no ano de 1971 com um álbum, o sétimo de sua carreira,  um dos mais importantes dela. Os temas adolescentes ficaram para trás lá no álbum de lembranças, pois agora o lance era mais sofisticado e eclético também, pois o figura fez algo inédito. Gravou uma verdadeira obra prima da música popular brasileira misturando rock, MPB e o soul, cujos dois últimos foram a mola propulsora da bolacha.

Na Vitrola: Riot - Narita (1979)


O Riot foi formado em 1975, pelo guitarrista Mar Reale e pelo baterista Peter Bitelli e para completar a banda convidaram Phil Feit para tocar o baixo, para cantar Guy Speranza. O primeiro trabalho de estúdio do quarteto foi uma fita demo de quatro faixas cuja ideia era coloca-las em uma coletânea com outras bandas desconhecidas, mas como o projeto não decolou, eles adicionaram Steve Costelo nos teclados. 

Na Vitrola: Al Green - Greatest Hits (1975)


Eu nunca fui muito fã de comprar coletâneas, só para ter todos os discos dos meus artistas preferidos ou para conhecer outros desconhecidos. Sempre achei esse tipo de álbum um verdadeiro embuste porque geralmente trás os "hits" e o resto são canções apenas para justificar a existência desses caça níqueis, um horror por isso sempre levam sempre notas baixas dos críticos. Só que às vezes alguma ou outra se sobressai trazendo o melhor do artista, ou seja, formam aquele resumo perfeito daquele momento clássico em que o artista se encontra.

Na Vitrola: Picture - Diamond Dreamer/Picture I & Eternal Dark/ Heavy Metal Ears


Nos anos de 1980, a Inglaterra, ainda estava comandando o rock, pois o que de melhor surgiu na década anterior surgiu por lá, porém outro movimento surgia por lá, ou seja, era a revitalização do heavy metal que ficou conhecido por NWOBHM. Esse movimento foi um dos períodos mais marcantes da música cuja explosão foi ouvida além das terras britânicas, ou seja, outros países também foram influenciados e também revelaram suas bandas. Além do que se conhece, o tradicional, países como a Alemanha, Bélgica, Espanha e a Holanda também tiveram seus grandes nomes que marcaram território além de suas pátrias.

Na Vitrola: Os Mutantes - Boxset (2014)



Quando anunciaram na imprensa “especializada” que seria lançado um box dos Mutantes com todos os álbuns clássicos e mais um outro só de “raridades”, eu fiquei ouriçado e queria ter esse material de qualquer jeito já que  em 1992, fiquei praticamente de fora dos relançamentos só com o primeiro disco e em 2006, o prêmio de consolação foi o Foi Tudo Feito Pelo Sol (1974). Só que quando vi o preço desse relançamento pensei: “vou outra ficar de fora, mas dessa nem prêmio de consolação terei”. Só que como sou frequentador assíduo da Livraria Saraiva, compro muitos livros tanto para estudar como para lazer, me esqueci do cartão deles onde é possível acumular pontos e ter descontos em qualquer seção e quando solicitei a um atendente para conferir os pontos quase cai para trás, pois foi possível fazer aquisição, mas pagando uma diferença muito pequena.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Na Vitrola: Overkill - I Hear Black (1993)


O Overkill teve a sua jornada nas estrelas na década de 1980, realmente uma aventura prazerosa no mundo heavy metal numa época que se respirava novidades. O novo clássico estava bem ali diante dos olhos e ouvidos de um público ávido de fortes doses de emoção que não pareciam ter fim. A Bay Area ditava as regras do thrash metal, o Metallica nadava de braçada naqueles tempos e do forno veio, em 1986, Master of Puppets, o disco que definia o que era o ser e fazer thrash metal. Outras bandas também da Bay Area como o Testament, o Exodus também colocavam sua pedra na parede. Só que os EUA é um país grande e de Nova York não tardou para vir o Anthrax e o próprio Overkill que chegou na área em 1985 com Feel the Fire.

domingo, 4 de outubro de 2015

Na Vitrola: Accept - Restless and Wild (1982)


Eu ouvi e vi rock pela primeira em 1985 por causa do Rock in Rio, o Brasil estava na reta final da ditadura militar e muitas coisas depois de janeiro começaram a acontecer por aqui especialmente por esse evento que trouxe as lendas como Ozzy Osbourne, AC/DC, Iron Maiden entre outros para tocar por aqui. Depois daí a minha cabeça mudou, eu estava acostumado a ouvir uma fita velha com o The Last Command do W.A.S.P e a ler caras como Asimov, Arthur Clark e assistir filmes de terror nas sessões da tarde e corujão e tudo aqui formava uma massa obscura que necessitava de outras viagens.

Na Vitrola: Anvil - Speed of Sound (1999)


A primeira vez que eu o Anvil foi num filme, mas para ouvir demorou um bocado, porém antes disto acontecer, a Roadie Crew fez um Background e nas parcas páginas pude conhecer a banda e me interessar de fato. Tudo o que eu havia arrolado a minha memória não passava de uma imagem de uma bigorna e quatro caras cabeludos olhando com caras nada amistosas. Eu um dia encontrei uma versão chilena do Speed of Sound, na Livraria Saraiva, em 2001. Peguei o disco na mão e fiquei olhando para aquela capa azul cuja bigorna em formato de avião me seduzia e me fazia sonhar alto. O preço apesar de não ser nada convidativo não foi um empecilho, eu comprei no escuro como fazia alguns dez anos.

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Legalize Já!


A discussão em torno da liberação da maconha gera forte polêmica e divide a sociedade brasileira. Esse é um tema que tem que ser debatido amplamente, mas para gerar informações seguras e precisas acerca da erva. Já faz mais de uma semana que o STF começou a discussão e o Ministro Barroso já se mostrou favorável à descriminalização cujo parecer pode ser encontrado na rede e apesar de ter sido adiada a continuação da discussão tudo indica que há fortes chances de retirarem os grilhões de cima do usuário que passaria a não responder criminalmente pelo porte e uso do entorpecente.

Livros: 1001 Discos Para Ouvir Antes de Morrer




Poderia ser a música uma ciência, uma arte de curar e até mesmo de terapia para a alma? Eu não sei, mas entendo que a música nas mais variadas formas é uma expressão dos sentimentos, da vida e dos tormentos que vivemos que na vida moderna que não para de nos testar, e a qualquer momento sempre aparece lá no horizonte um novo desafio. Por falar em desafio também temos aqui uma atividade cerebral ao ouvir música e juntando os dois pensamos, refletimos sobre "1001 discos para ouvir antes de morrer" podemos entender a música como a quebra das regras de conduta, o salvo conduto para experimentações diversas, ilimitadas neste campo. Que tal experimenta-las extrapolando todos os limites sem freios, culpas e autoflagelos porque fugiu dos seus padrões? Então, e ai vamos transgredir as regras?

Na Vitrola: Dust - Hard Attack (1972)


Quando se fala no rock setentista é quase consenso geral a trindade composta por Black Sabbath, Led Zeppelin e Deep Purple são os melhores entre outros, mas pode até ser verdade esse fato. Só que os anos de 1970 não ficaram adstritos à apenas essas bandas existiram várias outras de nível compatível. Nos EUA, apesar da invasão britânica, havia um celeiro forte e promissor de outro sem número de bandas com qualidade de som para estar no topo. Só muitas dessas bandas não em alguns casos não passaram do primeiro ou do segundo álbum ou raramente ultrapassavam essa marca e acabaram esquecidas e só foram redescobertas recentemente, ou seja, depois de quarenta anos.

Na Vitrola: Television - Marquee Moon (1977)


 


Quem pensa punk nasceu na Inglaterra está redondamente enganado, pois o pai dele conhecido como Malcom McLaren fez curso e estágio antes no EUA, e durante a sua estada na terra do tio Sam fez barulho não apenas vendendo as suas extravagantes roupas, mas ao empresariar uma banda de caras que se vestiam e pintavam-se como mulher, ou seja, o New York Dolls, mas antes desses caras ainda temos que falar do ponta pé dado lá atrás com o The Stooges e com o MC5, pois daí para adiante as coisas se desenrolaram incrivelmente bem, pois até uma poetiza o gênero tinha, a Patty Smith, os Ramones é quem deram o ponta pé na coisa e fizeram o negócio pegar fogo com o debut incendiário.

Na Vitrola: Willie Dixon - I Am The Blues (1970)


 
I Am The Blues é um título pretencioso para um disco, pelo menos a primeira vista, mas depois quando você ouve o disco entende porque Willie Dixon diz que ele é blues. O gênero tem outros tantos bluesman e caras como Muddy Waters (com quem trabalhou), Albert King e o Robert Johnson são as referências do gênero, porém apesar de todos eles serem gênios e possuírem álbuns clássicos nenhum deles atinge o mesmo nível de percepção da coisa como Dixon.
 

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Na Vitrola: Mutantes - Os Mutantes (1968)


O Brasil sempre teve uma música de primeira linha, primeiramente com a bossa nova que arrepiou corações desde seu surgimento nos momentos finais da década de 1950 e depois a com a tropicália na década seguinte e posterior, mas o que sempre matou foi à disposição do brasileiro a ir buscar lá fora as suas referências musicais, mas a culpa também tem outras fontes e por isso muita gente boa ficou mofando no esquecimento até ser descoberto e os que ainda estão por ser descobertos ficam lá na caverna respirando o cheiro do mofo cobertos patina, eu não estou falando Cartola.

Na Vitrola: Josefus - Dead Man (1970)


Os EUA também tinha as suas bandas de rock pesado, a primeira a fazer um som realmente pesado, agressivo, distorcido e psicodélico foi o Blue Cheer, mas isso não impediu o surgimento de outras bandas que seguissem a mesma linha. O Josefus surgiu em Houston, no Texas e em 1969 lançaram o primeiro álbum Get Off My Case. O som é aquele característico blues rock pesado no talo e tocado no último volume, pois era assim que era para ser escutado.

Na Vitrola: Black Sabbath - Sabotage (1975)


O Black Sabbath começou a sua carreira virando o mundo da música de cabeça para baixo, ou seja, aquela música pesada, um blues de guitarras distorcidas cheios de riffs e solos trovejantes acompanhados de uma instrumental que sustentava aquela anarquia sonora que se locupletava com letras sombrias de deixar qualquer pessoa de cabelos em pé, foi assim que aconteceu na sexta feira 13 de fevereiro, em 1970, o heavy metal surgia para atormentar as famílias que estavam ainda acostumando-se a ver seus filhos e filhas encantados com a sonoridade da década anterior.


A tragédia do mundo ocidental


A imagem do menino sírio que morreu afogado cujo corpo apareceu em uma praia grega nos impõe uma reflexão, mas não é uma reflexão qualquer e muito menos acerca de quem é o responsável sobre essa tragédia humana, mas sim sobre nós, ou seja, sobre a maneira como nos portamos no mundo, nas nossas relações interpessoais e especialmente sobre a nossa visão de mundo enquanto cidadãos do mundo.

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Lemmy e a hora de dizer adeus



Vou começar este texto com um clichê. Na vida tudo o que fazemos tem um começo e um fim, mas o mais difícil é saber a hora de parar. Uns são sabem quando chega a hora de dizer adeus e encerram suas carreiras sem descer a ladeira da decadência a toda velocidade, só que outros não sabem e insistem manter-se na ativa pouco importando com o legado construído durante décadas de sacrifício, seja completamente dilapidado.